Gestão de Pessoas

Nesta matéria, preparada especialmente para os trabalhadores dos Correios, o autor apresenta sua visão a respeito de gestão de pessoas na ECT. O texto é produto das reflexões do autor e de suas interações com representações de trabalhadores e com seus colegas de trabalho.

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Uma visão sobre gestão de pessoas nos Correios
Por Marcos César Alves Silva
Analista de Correios Senior

Dentre todas as áreas que compõem a estrutura dos Correios, a área de gestão de pessoas é a que maior atenção desperta entre os trabalhadores.
 
Com mais de 125 mil trabalhadores, os Correios têm na adequada gestão desse conjunto um de seus maiores desafios e uma de suas maiores oportunidades. E, para os trabalhadores importa muito que a direção da Empresa perceba claramente isso e atue de forma consistente para valorizar e bem aproveitar esse que é seu principal ativo - seus trabalhadores.
 
Nos tópicos a seguir, procuraremos abordar alguns dos principais temas relacionados a gestão de pessoas nos Correios que preocupam os trabalhadores na atualidade, apresentando nossa visão a respeito de cada um.

Transparência como prática diária: para ter sucesso, a área de gestão de pessoas precisará praticar intensivamente, em todas as suas ações, o diálogo franco com os trabalhadores, por meio de suas representações e dos demais canais de contato. A confiança na equipe gestora da área dependerá de se enxergar ali um grupo que mire o desenvolvimento empresarial a partir da valorização e do desenvolvimento das pessoas da Empresa. A ECT não é um lugar para abrigar grupos ou correntes políticas, muito menos para viabilizar práticas que permitam o enfraquecimento de normas e de princípios para favorecer interesses sectários. É um local para atuação de líderes profundamente envolvidos com os valores organizacionais e com os objetivos da Empresa. É um local para quem se disponha a ser modelo de integridade e de competência, capaz de inspirar todos os trabalhadores a enxergarem na Empresa um bom local para trabalhar.
 
Relações no trabalho permanentemente cuidadas: as negociações trabalhistas não devem se limitar ao período do acordo ou dissídio e os representantes dos trabalhadores devem encontrar, do lado da Empresa, lideranças isentas, que não pratiquem qualquer discriminação de cunho político, sindical ou ideológico. Devemos ter mesas temáticas permanentes, que realizem debates francos e verdadeiros, para assegurar que as aspirações e queixas dos trabalhadores sejam percebidas e debatidas de forma contínua na Empresa. Da mesma forma, seria importante criar fóruns ou espaços de discussão dos negócios e práticas da ECT com seus trabalhadores, para que esses possam acompanhar mais de perto a evolução da Empresa, seus resultados e seus desafios.
 
Pessoas – recurso indispensável para as operações e negócios postais: a natureza do negócio da ECT demanda uma especial atenção com o provimento tempestivo dos trabalhadores necessários ao pleno funcionamento da Empresa. A reposição de vagas abertas, em especial na atividade operacional (atendimento, transporte, tratamento e distribuição), precisa acontecer no tempo correto e sem descontinuidade, pois a demora no preenchimento dessas vagas implica perda de qualidade na prestação dos serviços, aumento de custos com horas extras e com outros serviços, incluindo a contratação de MOT – Mão de Obra Temporária e ainda gera sobrecarga para os demais trabalhadores. Não é admissível que atrasos em procedimentos administrativos ou em decisões da Administração Central comprometam a reposição de pessoal, criando vazios que acabam exigindo dos gestores e dos demais trabalhadores muito mais do que seria razoável. Concursos públicos devem ser feitos com regularidade, de forma padronizada e correta; devem ser uma atividade de rotina, sem gargalos, protelações ou frequentes mudanças de processos.
 
Valorização do quadro próprio: Dentre os mais de 125 mil trabalhadores do quadro próprio, a ECT dispõe de talentos para compor, com excelência, todas as posições de trabalho, do chão da fábrica à própria Diretoria Executiva. Valorizar o conjunto de trabalhadores é, portanto, uma medida natural e esperada numa grande Empresa como os Correios. E isso passa por várias ações, entre as quais se pode destacar: a) ter planos de carreira bem estruturados e implementados, associados a políticas sólidas de seleção interna (banco de potencial) para ascensão profissional; b) ter a meritocracia efetivamente praticada em processos de desenvolvimento na carreira e na ocupação de funções gerenciais e técnicas, com a eliminação, por consequência, de critérios político-partidários ou ideológicos para a escolha de gestores; c) formulação adequada de regras para a eventual e excepcionalíssima contratação temporária de profissionais de fora do quadro próprio para atuar na Empresa em posições de assessoramento e nunca em posições de chefia executiva, o que implica a discussão e o aperfeiçoamento dos critérios atuais de seleção dos empregados para as posições gerenciais e técnicas, bem como da nossa prática atual de requisição de pessoal externo.
 
Remuneração – adequação ao mercado: A análise do mercado privado e dos editais de concursos públicos permite inferir que a tabela de remuneração de muitos cargos em suas faixas iniciais encontra-se bastante defasada, o que impacta na retenção de profissionais das diversas áreas de conhecimento. Urge reavaliar esta questão à luz das pesquisas já realizadas pela Empresa e de outras informações a respeito amplamente disponíveis. A ECT não deveria ser, dentre todas as estatais do Governo Federal, uma referência de menores salários pagos, pois isso traz graves consequências em termos de clima organizacional, de rotatividade e de gestão de conhecimento, entre outros.
 
O desenvolvimento das pessoas como investimento: Com um quadro de trabalhadores tão grande e diversificado, o desenvolvimento das pessoas passa a ser uma ação estratégica da maior importância, pois constitui um dos melhores investimentos que a Empresa pode fazer. Este tema deve, portanto, merecer a melhor atenção, potencializando-se os grandes recursos de que a Empresa já dispõe com a Universidade Correios, que merece ser redirecionada para uma atuação mais efetiva, que responda rapidamente aos desafios de qualificação profissional da Empresa. Destaque-se também a necessidade de implementação de um modelo de gestão por competências que direcione adequadamente as ações de gestão de pessoas, equalizando as competências profissionais e gerenciais com os processos de RH, a exemplo de seleção, educação, avaliação de desempenho e reconhecimento, buscando sempre concretizar um dos mais importantes valores de nossa identidade corporativa, a Meritocracia.
 
Gestão de benefícios como diferencial competitivo: A empresa oferece um conjunto de benefícios extremamente importante e muito valorizado pelos empregados, conforme demonstram reiteradas pesquisas de clima organizacional. Sabemos que os benefícios representam parcela expressiva da remuneração total, com destaque para o Correios-Saúde e para a Previdência Complementar. Tal modelo deve ser continuamente aperfeiçoado, tendo por princípio a sua sustentabilidade e a correção e aplicação técnica. Na condução desses temas, devemos ter excelentes profissionais, eliminando-se, de vez, qualquer interferência político-partidária ou de outra ordem, que só prejuízos causam aos trabalhadores e à Empresa.
 
Atenção a detalhes que individualmente fazem muita diferença: Há uma série de outros temas a cargo da área de gestão de pessoas que podem afetar de forma expressiva um trabalhador individualmente. Assim, normas claras e justas, práticas transparentes e permanente atualização dos indicadores de referência são pilares que devem estar fortalecidos e permanentemente cuidados. Situações como a não revisão dos valores de diárias por um longo tempo não podem ser admitidas sob nenhum pretexto, pois é evidente que resultam em prejuízos econômicos individuais para os trabalhadores que se dispõem a atender as demandas da Empresa de estarem fora de seu local de trabalho para realizar alguma tarefa. Além de injusto, descuidos como este tem o potencial de inverter valores e deteriorar o ambiente organizacional.
 
A convergência quanto à efetividade da aplicação de recursos: O sucesso da Empresa é um objetivo comum e não apenas da gestão. Assim, os trabalhadores podem e devem participar dos esforços da Empresa para reduzir custos ou mantê-los em patamares adequados, assim como para ampliar receitas. Pensar diferente é um equívoco que pode afastar da construção das soluções aqueles que mais podem contribuir: os próprios trabalhadores.
 
É importante ressaltar, finalmente, que a adequada gestão de pessoas nos Correios, com práticas transparentes, justas e devidamente debatidas com os trabalhadores, sem viés político-partidário ou ideológico, pode fortalecer a convicção de que o Estado tem plenas condições de atuar empresarialmente em setores estratégicos para o País, pois sabe lidar bem com a valorização e o aproveitamento de seu quadro de pessoas, com nortes claros e justos.

15 comentários:

  1. analisando as informações acima, a empresa passa a ilusão que não está medindo esforços para valorizar os funcionarios, mas na realidade, isso é total demagogia, pois observa-se no quadro operacional (OTT, CARTEIROS, AGENTES) que possuem nivel superior e os setores responsáveis em verificar a melhor lotação desses profissionais, praticamente os ignoram e os estagnam em seus setores, ainda existe na empresa o protecionismo, a influencia politica. No meu caso, fui considerado sem perfil para a função de coordenador (na analise de perfil fui avaliado por um ex gerente no qual houve varias denuncias sobre a falta de profisisonalismo dele, tanto que o mesmo ao saber que estava efetivado como gerente, trancou a matricula da faculdade). Isso é valorização profissional? ao encaminhar contestatação, replica, e mais documentos para os orgãos, todos vieram com a mesma desculpa e proteção a esse gerente. Não está demonstrado ai a falta de transparencia e etica dos setores envolvidos, isso interferiu e gerou enormes consequencias no ambito pessoal. Eu sou formado em Administração de Empresas, prestes a me formar em pos-graduação em Gestão Pública, estou concorrendo a uma bolsa de estudos de Mestrado, e, continuo trabalhando como Agente de Correios - OTT. Isso demonstra o total interesse em aproveitamento de pessoal qualificado no âmbito da empresa.
    É preferivel manter pessoas que vivem do achismo do que incluir profissionais devidamente habilitados e qualificados nos quadros de gestores e coordenadores.
    É mais um incentivo da empresa em fazer com que os melhores, busquem novas oportunidades em concursos de outras autarquias e no setor privado do que em seu quadro funcional, já que o que essas empresas buscam são profissionais qualificados e nao protegidos.

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    1. Concordo plenamente com seu comentário, sou Agente de Correios - Administrativo, sou Bacharel em Nutrição, Especialista em Educação, Empregado Nota 10 na área de suporte, e infelizmente também me vejo estagnada, não consegui sequer participar do RI para Instrutores, por ser Agente de Correios, a informação que obtive do CECOR é que segundo o MANPES, esta posição deverá ser ocupada apenas por empregados de nível Técnico ou Analistas, e chamam isso de valorização do empregado????

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  2. Marcos bom dia,

    Muito legal este seu texto, porém, ele é aplicado na prática pelos gestores?
    Este seu texto deveria virar uma espécie de bíblia diária de consulta dos Gestores para seus atos e decisões, mas, apoio o comentário do colega Rogério:

    Existe na ECT um protecionismo imenso com pessoas ligadas ou co-ligadas a partidos políticos - Não importa se a pessoa tem capacidade ou não - Pagou o dizimo partidário está dentro.
    Não sou contra a politicagem desde que ela eleja pessoas de real competência, porém, este esquema está chegando até mesmo a envolver Chefes de Seção e Supervisores que são a base da base da Gestão.

    Outro ponto que o colega ressaltou foi a estagnação: Ontem estavamos conversando aqui no setor e uma colega falou:"Fulana já tem 28 anos aqui no setor" Eu respondi: "Gente....28 anos atrás eu estava nascendo!Eu estava nascendo e a pessoa iniciando suas atividades aqui???"
    Acredito que isso seja mais comum na ECT do que aparenta....a pessoa passa 90% da sua vida profissional fazendo exatamente a mesma coisa e do mesmo jeito praticamente - isso é péssimo!

    Com a questõa de desenvolvimento de pessoas como investimento: Marcos é uma vergonha a ECT lançar uma cartilha de inglês para os atendentes....Quer dizer: Se uma pessoa vem com um "inglês de rua" falar com um atendente ele não saberá atender? Se a pessoa tem um sotaque mais britânico ou australiano esse atendente vai saber diferenciar o sotaque e o que ele quer dizer?
    A ECT deveria investir em cursos básicos de inglês para este pessoal - sim - investir no funcionário - mas parece que tem aquela velha cabecinha aqui na ECT: "Pra que eu vou investir nele? Para ele mudar de empresa depois?" Gente...funcionário valorizado é funcionário fiel a empresa - Hoje já está mais que provado com pesquisas de mercado que o profissional visa mais uma empresa que lhe apresente oportunidades de aprendizado e desenvolvimento do que o próprio salário.

    Hoje no primeira hora se falou do projeto da DR SPM+ - Falando justamente do "Correios 20/20" com a meta da ECT se tornar uma empresa de porte Mundial - Me desculpem o pessimismo mas para sermos uma empresa de porte Mundial temos que pensar e agir como uma: Não são com essas atitudes de protecionismo para partidários, deixando funcionários estagnados e não investindo em pessoal que chegaremos lá - Parece que ainda estamos na linha do Henri Ford de produção onde o cara passava 10 anos apenas apertando parafuso da roda do carro ou aquele funcionário que passa 20 anos batendo carimbo...Isso não é postura de Multi Nacional - Nos espelhemos em empresas como a Microsoft, Google, Facebook e outros tantos - A desculpa premissa de que "somos empresa pública" para mim também não cola - Para mim já é mais do que provado que "Quando o Correios quer o Correios faz".

    O texto é muito bom Marcos e muito acrescenta mas enquanto lidarmos com nossos colaboradores como se eles fossem empregados da década de 20 dificilmente seremos uma Empresa Mundial - podemos até ser - mas seremos uma Mundial com cara de Terceiro Mundo e isto para países desenvolvidos onde o investimento em capital humano é extenso é praticamente motivo de piada.

    Abs!
    João Paulo

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  3. E o fato de passarem no Rede Urgente que a empresa tem um departamento de projetos e que funcionarios com PMP devem cadastrar no RH24horas, já é dificil o funcionario possuir 3º grau, como pode ter 4500 horas de projetos e conseguir o certificado de PMP, nem o softhare que a empresa disponibliza tem o MSPROJECT, imagina como será esse setor de projetos, eu consigo utilizar o project do BR no sistema dos Correios, uma vez que é gratuito, mas boa parte dos funcionarios nao tem nem noção do que é projetos e esses programas.

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    1. olá, encaminhei um email conforme solicitado mas, até o presente momento nao recebi nenhuma resposta, estou interessado no curso uma vez que irá contribuir para meu curriculo, tanto dentro como fora da empresa.
      At.
      Rogerio

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  4. Prezados,

    Acredito fielmente que a empresa necessita sim, e muito,de pessoas capacitadas em projetos.
    Hoje temos a presença do pessoal da Consultoria Falconi como premissa básica de implantar um PDCA nos processos - eu fico pensando: Caramba mas o PDCA não é a base da base da base da base de qualquer processo em uma corporação? Hoje temos nós temos que pagar (nós = Ministério das Comunicações = dinheiro de nossos impostos, portanto, nós) uma consultoria externa avaliada em 30 milhões para implantação do PDCA - claro que não apenas isto que eles estão fazendo- mas analisando friamente o PDCA deveria ser a coisa mais básica em todos nossos processos - Assim como nas áreas jurídicas tem os seus "processos trabalhistas"; "processual penal" e cada funcionário tem sua função descrita em lei específica nós já deveriamos, dado os nossos 350 anos de história, no minimo uma base mais sólida.

    Quanto mais funcionários tivermos capacitados para gerir nossos processos - tanto operacionais, administrativos, vendas e demais - afinal toda área precisa não apenas da gestão e revisão de seus processos mas a maioria necessita de projetos específicos seja para atender demandas de mercado ou legislação vigente - melhor para nós mesmos como funcionários pois isto pode abrir portas para uma melhor segurança em nossas rotinas e melhorias como um todo de maneira muito mais rápida e eficiente sem necessitar de fatores, pessoas, ou projetistas externos para suprir algo que temos mão de obra e pessoal para realizar.

    Faço aqui a alusão a duas palavras distintas que são processos e projetos, pois, ambas apesar de distintas elas acabam se esbarrando em diversos momentos dentro da nossa vida corporativa - portanto palavras complementares dentro de uma mesma realidade.

    João Paulo

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  5. Acredito que os Correios deve imediatamente contratar uma consultoria para adequar suas politicas de Gestão de Pessoas com as práticas das empresas de sucesso no mercado, assim como estar fazendo com os demais processos com a Falconi. Não vai adiantar ter contratado a falconi se depois as pessoas não estarão incentivadas a prosseguir ou a continuar melhorando os processos. A empresa vai ter de escolher, ou melhora as politicas e praticas de Gestão de Pessoas ou melhor ficar eternamente com consultorias contratadas, sendo que a contratação dessas não conseguirão jamais chegar perto dos resultados que conseguiria com seu pessoal motivado.

    João

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  6. Prezados bom dia,
    Com cordo com o JB em seu argumento mas tem duas coisas que considero importantes ai:

    1) A necessidade de admitir que a ECT necessita de uma Consultoria externa - é muitas vezes dificil para uma única pessoa admitir que tem problemas e que necessita de ajuda profissional - quem dirá uma corporação onde temos milhares de pessoas trabalhando - Então a admissão desta necessidade foi o primeiro passo;

    2) Analisar o "Porque estamos precisando de uma Consultoria Externa?"

    Vejo que na ECT temos diversas pessoas Graduadas em ADM, Pós-Graduadas e algumas com MBA - em BSB se concentra grande parte destas pessoas mas as temos espalhadas por todo o país - gestores inclusive que são autores de livros sobre Administração Pública e outros que são mestres em projetos então vem a dúvida: Porque com todo esse arcabouço de pessoas competentes não está sendo direcionado para a Gestão de nossos Processos e implantação de Projetos dentro das políticas da ECT - É feito anualmente Pré-ERGs, ERGs, metas como Correios 20-20 e etc.

    Acredito sim que estas pessoas estão trabalhando para a melhoria da ECT - senão a situação hoje estaria bem degradante - porém, apesar de dizerem que "Santo de casa não faz milagre" - acredito que temos tanta mão de obra boa que ela precisa ser melhor aproveitada.

    Volta ai a questão do reconhecimento e das políticas de meritócracia - posso ser repetitivo em meu argumento mas acredito que hoje infelizmente temos muitos interesses dentro da ECT que visam a promoção de Gestores ao "estrelato" ou a aparecer bonito nas fotos - É fácil dizer um "sim" para não desagradar aos cliente internos e fazer a política da boa vizinhança entre as áreas - mas esse é nosso foco na empresa?
    Eu acredito que a ECT um dia terá que decidir: Se ela é uma empresa de promoção a interesses pessoais e políticos ou se é uma empresa com visão e foco empresariais e no mercado mundial.

    Enfatizo - não digo que a ECT não tem isso - ao contrário - eu vejo muitas pessoas de boa vontade e trabalhando para o crescimento da empresa - mas as boas intenções morrem rápido quando envolvem interesses de terceiros e isso tem de acabar na empresa.

    Acredito que a Consultoria tem tudo a nos agregar mas como o companheiro JB disse: Ou melhoramos as políticas de gestão de pessoas ou ficaremos sempre a mercê de consultorias externas e gastando não apenas o dinheiro que já está dificil ser ganho com nossas vendas de Varejo mas também o dinheiro dos contribuintes - o que para mim chega a ser muito mais grave pois temos dinheiro público sendo usado para pagar uma má gestão de pessoas na ECT - isso, pelo menos para mim, é extremamente grave.

    Atte,
    João Paulo

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  7. Prezado Marcos Cesar

    Acessando as Atas de Reuniões publicadas no site institucional dos Correios consta que na 37º Reunião Ordinária da Diretoria Executiva da ECT ocorrida em 03/09/2013 registrada sob o item 4.1.1, que o Vice-Presidente de Gestão de Pessoas convida o Chefe do Departamento de Planejamento de Gestão de Pessoas expor sobre o assunto denominado “Programa Novos Rumos”.
    Registrada na ata da 6ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração ocorrida em 26/09/2013 que foi realizada uma apresentação sobre o programa “Novos Rumos” pelo Chefe do Departamento de Planejamento de Gestão de Pessoas acompanhado pelo Vice-Presidente de Gestão de Pessoas.
    Como é de amplo conhecimento no dia 17/09/2013 houve uma intensa circulação de uma mensagem (e-mail) através do correio eletrônico corporativa que trazia um arquivo anexo denominado “Apresentação Novos Rumos-2013 08 23.ppt” cujo seu conteúdo registra uma detalhada apresentação de um programa de demissão voluntária. Uma coincidência de nomes dados ao programa apresentado nas reuniões de Conselhos com o nome do suposto do plano de demissão voluntária divulgada anonimamente?
    Naquela ocasião não houve nenhum posicionamento da empresa quanto a veracidade do material divulgado na citada mensagem (e-mail), cabe constar, de origem desconhecida. Talvez fato, que levou a empresa concluir que não caberia um posicionamento formal perante o seu corpo funcional.
    Ainda, considerando informação contida no citado arquivo são 13.847 aposentados em atividade na empresa (ERP-Populis Julho/2013) e serão 16.029 elegíveis em 31/10/2014, quantidade considerável em relação a total funcionários que compõem a força de trabalho da empresa.
    Entendo que a falta de posicionamento da empresa em relação a esta questão é prejudicial à credibilidade da direção da empresa perante o corpo funcional. A empresa mostra transparência apenas quando cobrada (Lei de Acesso à Informação), como no caso da publicação das atas de reunião no site institucional. Porém em situações de boatos ou informações “vazadas”, como indica o caso relatado verifica-se a omissão pelo não posicionamento formal em relação a questão em discussão.
    Neste cenário de omissão surgem esporadicamente diversas versões a respeito do plano de demissão voluntária dos Correios nos canais informais dos funcionários, “o Radio Peão”, “o Jornal do Corredor”: Vai ter PDV porque a Consultoria (Falconi) está pressionado para cortar custos, representante da diretoria em visita a Regional declarou que a situação financeira da empresa não viabiliza a abertura de um PDV, representante da diretoria em visita a Regional declarou que PDV não é prioridade, representante da diretoria em visita a Regional declarou que PDV só em 2016, etc.
    Creio que a falta de posição formal e direta com a força de trabalho não afeta somente os elegíveis pois a falta de posicionamento e transparência não se resume a este episódio. Creio que cabe sua análise se esta preocupação, que hora apresento, deve ser levada as áreas envolvidas por você na qualidade de nosso representante no Conselho de Administração.

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  8. Alberto, no CA não tenho podido tratar desse tema, como já informei no blog. Concordo que a falta de informação oficial a respeito acaba ocasionando essa proliferação de versões e já comentei isso com alguns colegas aqui da administração central. Espero que a ECT ofereça em breve aos empregados informações oficiais a respeito do tema, que hoje constitui um assunto do maior interesse de muitos empregados.
    A publicação de sua mensagem é mais um esforço no sentido de demonstrar a importância de os empregados serem bem esclarecidos a respeito desse assunto.

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  9. Vejo muita ironia no que tange ao pessoal e valorização profissional dos funcionarios dos correios, conforme abaixo, retirado da informação do conselho:
    "Para enfrentar e vencer seus desafios, os Correios precisarão, como nunca, contar em 2014 com o talento e a dedicação de seus mais de 125 mil trabalhadores. Por esta razão, os temas ligados a gestão de pessoas são muito importantes e deverão receber a melhor atenção. Questões como a escolha de líderes passam a ser decisivas e não poderão estar contaminadas por outras influências além da meritocracia, pois, para sermos competitivos, precisaremos cada vez mais dos melhores no comando. Precisaremos saber reconhecer e valorizar bem nossos talentos internos, de forma a permitir que possam oferecer o máximo de seu desempenho para a Empresa. Precisaremos que os trabalhadores enxerguem na ECT um ótimo lugar para trabalharem e para construírem suas carreiras, de forma justa e transparente.

    Mesmo com todo o empenho e atenção, porém, é de se esperar um ano difícil pela frente, no qual o equilíbrio econômico-financeiro da Empresa constituirá um imenso desafio. Em breve, os primeiros números mostrarão se este cenário desafiador realmente se confirmará."

    Não vejo crescimento e desenvolvimento enquanto a empresa ainda tiver na Gerencia, pessoas que foram indicadas, que nao conquistaram seu espaço por estudo e capacitação e sim por conhecer alguem ou algo que pode utilizar como barganha, as indicações são o calcanhar de aquiles da empresa, muitos funcionarios altamente capacitados, são excluidos de Recrutamento Interno ou de Banco de Potencial, por nao fazer parte da "máfia" desses indicados, coordenadores, gerentes, pessoal com indicação que sofreram Auditoria e ainda continua com a função por alegar que "Se eu cair eu levo muita gente comigo". Isso que precisa acabar nessa empresa, a politicagem, protecionismo e falta de carater de muitos "profissionais"

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  10. Rogerio, no blog publicamos informações gerais sobre o trabalho no conselho e nossas opiniões a respeito de algumas questões, como é o caso da gestão de pessoas. Não se trata de um blog oficial do conselho, nem as informações aqui publicadas representam o pensamento do conselho; representam sim o pensamento do conselheiro eleito pelos empregados e de seu suplente.
    O texto desta postagem representa, portanto, nossa visão sobre como pensamos que deveria ser a gestão de pessoas na Empresa.

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  11. Marcos, mas infelizmente a realidade é completamente oposta, o desrespeito à valorização por capacitação é coibida pelos interesses politicos e perniciosos que alguns funcionarios que conseguiram sua vaga por indicação e nao por conquista de um diploma, de um certificado, conforme a publicação iteressante sobre a indicação de funcionarios indicado pelo blog, fica claro que a indicação é facil, o mais dificil na empresa é retirar esses falsos profissionais e alocar a devida mçao-de-obra capacitada. O achismo está tomando conta dos setores operacionais da empresa, o maior problema é a concorrência, que aloca pessoas altamente capacitada, treinada e profissional em seus setores (administrativos, operacionais e tecnicos) alavancando o investimento tecnologico e pessoal e diferenças totalmente inalcancaveis pela ECT.
    O Conselho poderia indicar novas formas de prospecção de profissionais, evitando assim tais disparidades.
    Esse é o conceito fundamental da Administração de Gestão de Pessoas, cabendo à Empresa buscar os mais aptos para o mercado competitivo externo, que nao mede esforços, nem passa a mao na cabeça de funcionarios ou aceita indicação como é o que ocorre na empresa.
    Se o plano 2020 quiser sair do papel, deve-se iniciar um processo de gestao o mais rapido possivel.

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  12. Infelizmente o modelo de gestão dos Correios é muito parecido com a gestão dos paises socialista. Para crescer, aparecer, ser reconhecido, o empregado não precisa de curso superior, pós, mestrado, especialização, nada disso. Tem de ser amigo e fazer tudo que ordenado pelo chefe sem discussão, sem dúvidas, sem rancor, sem pena, sem sentimento, sem culpa......enfim, sem nada. Em muitos casos, não precisa sequer ser empregado dos Correios, sendo um bom amigo, leal e perceiro do chefe, poderá se tornar um novo gestor dos Correios, mesmo sem conhecer sequer uma carta simples.
    Roberto Elias - rob2004es@gmail.com rob2004es@hotmail.com

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  13. Oi.
    Pergunto novamente sobre progressão profissional.
    Estou na empresa há 15 anos, entrei como pleno e assim estou.
    O pior é que entrei como Engenheiro e agora sou Analista de Correios...

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