segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Concurso Público - efeitos da má administração

Hoje de manhã, a primeira mensagem do dia que li trazia o seguinte:

Caro Amigo Marcos Cesar, Bom Dia! 
Obrigado pelo e-mail e as notícias.  Gostaria de te pedir um grande favor.  Nas suas lutas e reuniões, brigue pelas contratações de Carterios e OTT's. 
Estamos com problemas sérios na Distribuição, devido a falta de Mão de Obra.  Aqui no Rio de Janeiro, tem concursados aprovados, prontos para entrar, mas algo acontece, deve ser algo da legislação, que eu não conheço bem os procedimentos que estão impedindo essas contratações. Isso tem ocasionado falhas na distribuição, muitas reclamações, inclusive em jornais e filas de gente apanhando correspondências no CDD, causando muito desgaste e irritações de parte a parte. Os carteiros são parados nas ruas e já começa, em alguns casos, a hostilização. Eu não tenho capacidade administrativa para te propor alguma idéia de como resolver isso.  Mas, tenho que te relatar isso, pois você nos representa e, em reuniões por aí, talvez, seja possível se encontrar alguma solução.  Eu creio em ti.  Sempre vou te apoiar.  Cuida da gente por aí, ok?

A mensagem do colega do Rio de Janeiro é a materialização do que acontece quando algo não funciona bem na administração da Empresa. Os efeitos não se dão apenas nos relatórios e nos números da Empresa, mas principalmente no trabalho de nossos colegas.

Assim, quando a direção da Empresa decide manter centralizada a realização de concurso público ou, pior ainda, quando decide protelá-lo até depois de um plano de desligamento, como ocorreu, produz conseqüências que poderiam ser evitadas se estivesse atenta a um fato que me parece básico para o funcionamento de uma organização como os Correios - o serviço postal, para ser bem prestado, depende de se ter pessoas para realizá-lo.

Nenhum argumento me parece convincente para justificar a não existência de pessoas devidamente concursadas para ocupar as vagas que surgem normalmente. Isso deveria ser algo cuidado com o máximo zelo pela administração da Empresa. Mas não é! E relatos como o do colega do Rio de Janeiro só atestam o que assistimos diariamente na Empresa: estamos involuindo em muitas questões relacionadas à gestão de pessoas, incluindo no que se refere ao mecanismo básico de repor as vagas que surgem com a saída de colegas.

Ao colega que me escreveu, respondo, portanto: continuarei lutando pela regularização desse tema, ainda que em alguns momentos seja uma voz solitária no Conselho de Administração. Isso não me desanimará, pois sei o quanto o assunto é importante na vida de pessoas que, como você, se preocupam com a efetiva realização do trabalho para o qual fomos reunidos na Empresa - entregar as cartas e encomendas de nossos clientes.

Um comentário:

  1. Marcos César, a questão é tão séria, mas tão séria, que além de atingir quem quer entrar na empresa, acaba atingindo também os empregados que esperam ansiosamente(seria inocentemente?) pelos tais RIs(Recrutamentos Internos). Tenho a impressão que serei Jr a vida toda.

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