terça-feira, 17 de junho de 2014

Concurso Público - uma lição não aprendida

Numa postagem anterior aqui no blog, abordamos a questão de o tema concurso público ter sido alçado a questão estratégica, por falta de ações efetivas para a regularização de algo que sempre foi absolutamente normal e corriqueiro nos Correios - a seleção e contratação de pessoal para repor as vagas configuradas naturalmente, por rotatividade ou eventual ampliação de quadro. Esta postagem é datada de 18/05/2014 e pode ser acessada nesse link.
Passado um mês desde aquela postagem, temos recebido novas  mensagens de colegas indagando sobre a solução do assunto por parte da Empresa e encaminhando informações sobre órgãos operacionais cada vez mais sobrecarregados, por falta de pessoal. Hoje recebemos uma reprodução de jornal que informava novo adiamento (terceiro) da audiência sobre uma ação civil pública que tem sido mencionada pela Empresa como um embaraço à realização do novo concurso. A nova data agora é 04 de julho, se as partes - Ministério Público do Trabalho e Correios - comparecerem, pois, noutra ocasião, segundo os registros, a audiência não foi realizada por ausência das duas partes. 
E assim, o tempo vai passando e a situação se agravando em alguns locais da Empresa onde a rotatividade é maior ou a carga de trabalho tem aumentado. Uma triste repetição de um quadro que já vivemos anteriormente, quando, por incapacidade de resposta da administração central da Empresa, ficamos por cerca de 2 anos sem concurso público e tivemos sérios reflexos na qualidade operacional.
Infelizmente, parece que ainda não aprendemos a lição.

14 comentários:

  1. Marcos, o que mais indigna os funcionários, são as indicações de apadrinhados políticos e indicações por "QI" nos recrutamentos internos, o processo que tramita faz alusão ao Recrutamento Interno e não ao Concurso Publico que pode ser realizado assim que concluída licitação para empresa que aplicará o certame, o fato é que os apadrinhados e agregados não desejam um concurso pois não terá o dedo de políticos e padrinhos para protegê-los no resultado, onde o profissional supera o pessoal. O que precisa é que a empresa, acabe com Recrutamentos Internos e Banco de Potenciais, com analise pelos setores dos Correios e que esse certame seja realizado por empresa idônea, assim haverá justiça, ética e meritocracia no correio, itens que foram jogados no lixo por "profissionais" sem caráter e e qualificação técnica.

    Rogério Nunes

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    1. Rogério,

      Parece que vc entendeu errado. A matéria em questão trata do concurso público, ingresso na ECT devido demissões e psosibilidades de criação de novas vagas com base no crescimento da demanda.

      Você está confundindo isso com RI, que são assuntos internos e há anos não vemos algo acontecendo. É, deveras, de se preocupar também.

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    2. O Rogério não entendeu errado:

      1 - Quando a ECT deixa de realizar concurso público ela supre suas necessidades de outras formas:

      1.1 - Ela vai na base e retira um empregado de cargo básico ( carteiro, OTT, Atendente ) e o coloca para realizar atividades de um cargo de nível superior, quando o correto seria fazer o concurso público para o cargo que está faltando.

      1.2 - Esta é uma forma barata de suprir a falta de um cargo de nível superior ou técnico por exemplo, mediante o uso de empregados de outro cargo para realizar atividades do cargo em falta.

      Esta é uma forma econômica que a empresa usa para suprir as lacunas por falta de concurso público. Em alguns casos, em especial na Administração central a empresa está usando o artifício de pagar função de analista I a XIII, para que o empregado não fique no prejuízo.

      NAS DIRETORIAS REGIONAIS: Nas diretorias regionais essa prática não acontece, pois é comum em alguns setores coexistirem na realização de mesmas atividades: Um carteiro, Um técnico e Um administrador, profissionais com cargos diferentes realizando a mesma atividades, porém com remuneração diferente.

      Quando a empresa retira um empregado de seu cargo ela gera uma dobra na distribuição, uma deficiência na triagem e um guichê de atendimento vazio, por que não há reposição da vaga do empregado desviado de atividade.

      Claro que isso acontece há anos sob o legítimo argumento de valorização do empregado, independente deste ou daquele partido que governa o Brasil ou sucateia a empresa, pois todos sempre se valeram desta prática, a questão é que agora, graças a saturação das funções de chefe de CDD e Chefe de Agência, os cumpanheiros estão ocupando as funções de alta direção, onde a função singular é significativa.

      VERDADE DEVE SER EXPOSTA: A empresa verdadeiramente espera um positivo da justiça, no processo, que a autorize a realizar concurso interno para técnico de correios, passando por cima da constituição federal. Caso negativo esse concurso acontecerá também para os cargo de técnico de correios, o que não é interessante,por que dentre os aprovados vem uma legião de foristas e que não atende ao sistema.

      OUTRAS MOTIVAÇÕES PELAS QUAIS O CONCURSO NÃO ACONTECE:

      1 - Gerar gastos com empresas que vendem mão-de-obra terceirizadas;
      2 - Gerar gastos com os coletes azuis e menção: A serviço dos C....;
      3 - Reduzir a qualidade operacional para passar a mensagem: Governo anterior era melhor que este governo atual;
      4 - Gerar reclamações trabalhistas dos terceirizados e despesas jurídicas. Isso sempre gera vantagem para alguém;

      5 - Aumentar a burocracia interna, desviando o negócio da empresa, com tratativas de assunto sobre MOT, também passando a mensagem de que o governo anterior era mais estável que o atual;

      6 - Desinteresse puro, pois para cada carteiro, atendente ou OTT alocado na área administrativa, representa uma vaga de administrador, cargo de nível superior e havendo concurso a porteira fecha.

      Somando o número de empregados desviados de cargos, verifica-se hoje na ECT que onde há falta de empregados realmente é na área administrativa, em cargos de nível superior ( administrador ).

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    3. Realmente, eu não havia observado a partir do seu ponto de vista.

      Houve uma mudança nos manuais, de forma a permitir empregados de cargo nível médio (carteiro, atendente, OTT), para que os mesmos pudessem assumir funções antes proibidas, como as gerenciais.

      Até aí, não vejo problema, pois se o profissional tiver a formação téncica que a área necessite e comprove-a trabalhando corretamente, não vejo porque privar o profissional de crescer na carreira.

      Mas o que nos deixa realmente preocupados é essa falta de efetivo novo, até mesmo para dar "cara nova" na empresa, no lugar dos que estão na carreira crescendo.

      Acho, sim, o RI válido, como processo interno de seleção, pois toda empresa tem isso. Mas deixarem de fazer concurso de técnico como estão fazendo é desmerecer até mesmo quem está na ECT e preparado para concursos.

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  2. O Barbosa não aparece aqui?

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    1. Dizem que Barbosa estava num ônibus em Brasília quando um funcionário o indagou se era possível mudar de cargo via concurso interno:

      Barbosa respondeu:

      - Lá é possível tudo! hoje nesse Brasil é possível tudo.

      E arrematou:

      - Tem muitos que já mudaram de cargos para Técnico em Contabilidade via concurso interno!

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  3. Mais concursos? Mesmo com a atual e péssima situação financeira da empresa? E com a baixíssima produtividade na empresa?

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  4. Não é deixando de fazer concurso que se resolverá a situação da Empresa. Uma empresa com a capilaridade dos Correios não pode prescindir de um concurso para poder repor as vagas que vão naturalmente surgindo. Não se trata nem de ampliação de quadro, eventualmente necessária, mas sim de assegurar a reposição indispensável dos empregados que saem naturalmente da Empresa, por rotatividade normal (aposentadoria, demissão etc).

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  5. Esta falta de interesse por um Concurso Público mostra que algo está sendo preparado pelo Ministérios das Comunicações para por um fim na entrada de funcionários concursados nos Correios, iremos trabalhar só com mão de obra temporária.

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  6. Palavra do presidente:
    "Desde 2009, as receitas cresceram 35%, chegando a R$ 16,7 bilhões, mas os custos aumentaram 60%. No ano passado, o lucro foi de parcos R$ 300 milhões, uma forte queda ante o mais de R$ 1 bilhão obtido em 2012. “O resultado neste ano será igual ou até mais baixo”, diz Wagner Pinheiro,
    Em análise, está a chegada de um sócio para ajudar a companhia nos planos de expansão.(mudança de fogo Correios Cargo)

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  7. Se se houvesse uma auditoria externa, séria, responsável, veria que não faltam empregados na ECT. Falta sim produtividade. Na área operacional, crítica, os equipamentos para gestão e controle da produtividade estão engessados, assim como os responsáveis por esses indicadores, uma vez que os sindicatos mandam e desmandam nessa área, atando as mãos dos responsáveis, levando os indicadores para o escanteio. Como os sindicatos são intocáveis, nesses últimos 12 anos de Brasil, a empresa acaba sendo a maior prejudicada. A empresa não, nós ecetistas, pois tudo tem caminhado para a completa deterioração dos números da empresa, "obrigando" a sua privatização para "resolver" essa deterioração.

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    1. Marco Antonio, o sentimento que temos de fora da empresa é exatamente esse, infelizmente perdemos para o sindicalismo de troca. Qto mais inchada a empresa, mais difícil será seu controle.

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  8. Marcos, está bem claro que a empresa necessita de privatização para enxugar os apadrinhados políticos e protegidos pelas gestões, colocando profissionais qualificados nos cargos gerenciais e técnicos, o que ocorre na empresa é uma festa de indicações de pessoas com nenhuma qualificação, experiência e conhecimento técnico para atividades, tornou-se um verdadeiro cabide de emprego, onde o maior espaço nesse guarda roupa é do governo, com o repasse dos lucros.
    A telefônica (antiga telesp) passou por isso e hoje oferece serviços melhores e mais baratos que na época em que era empresa publica.
    Já está na hora de melhorarmos a empresa, buscando a competitividade necessária no mercado.

    AT.

    Rogério Nunes

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    1. Se não for a privatização, pelo menos ABERTURA DE CAPITAL poderia melhorar as coisas, assim como no Banco do Brasil.

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